FREGUESIA DE GRADE
INFORMAÇÃO SUMÁRIA
Padroeira: Santa Maria.
Habitantes: 392 habitantes (I.N.E.2011) e 487 eleitores em 05-06-2011.
Actividades económicas: Agricultura, construção civil e pequeno comércio.
Festas e romarias: Senhora da Luz (Fevereiro), Santo Lenho (Maio) e Senhora da Piedade.
Património cultural e edificado: lgreja Paroquial, casas da Torre de Faro, do Casal, do Convento e Capela da Senhora da Piedade.
Outros locais de interesse turístico: belezas ribeirinhas dos rios Ázere , Padornelo e Grade, vistas panorâmicas sobre o vale do Vez, aspectos rurais da freguesia.
Gastronomia: Cabrito assado no forno e Rojões à minhota.
Artesanato: Tamancaria e fabrico de queijo de gado cacheno (Lombadinha).
Colectividades: Associação Cultural e Desportiva de Grade.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Dista cerca de 5 Km da sede do concelho, nas faldas da da serra da Peneda, e ocupa uma área de cerca de 485 ha.
Tem por limites: a norte, Carralcova e Gondoriz; a sul Vale, a Nascente Cabana Maior e a poente Ázere e Couto.
Diz José Cândido Gomes na sua obra ‘As Terras de Valdevez” que: Na sua área há apenas os montes da Costa e da Pena. Neste monte, que pertence, em parte, à freguesia do Vale, aparecem vestígios de mamôas.
É banhada a freguesia pelos rios de Padornello e Ázere e pelo ribeiro chamado de Grade, no qual há um poço muito fundo no lugar do Xarinho. A lenda diz que ao fundo d’este poço há uma porta que comunica com a torre dos Abreus.
RESENHA HISTÓRICA
A paróquia aparece citada em documentos antigos sob a designação de Gorvellas. O nome de Grade vem, segundo a tradição, de daqui ser natural o construtor das grades que se utilizaram contra os castelhanos e leoneses na Veiga da Matança, batalha que opôs Afonso Henriques a seu primo Afonso VII de Leão. Nesta batalha teria sido achada a relíquia do Santo Lenho que se encontra na igreja paroquial.
A Casa da Torre do Faro pertenceu aos Gáres ou Gonçalves, família extinta em 1434, e mais tarde ao morgadio dos Azevedos Abreus. Em 1680 passou para os Pereiras de Castro, de Monção. A Torre do Faro, segundo a tradição, foi edificada pelos mouros para avisarem da chegada dos cristãos, mas o mais provável é tratar-se de uma construção romana.
Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso 111, Grade é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no catálogo das mesmas igrejas, mandado efectuar pelo rei D. Dinis, para o pagamento de taxa, Grade foi taxada em 50 libras.
Em 1444, a comarca eclesiástica de Valença, desde o rio Lima até ao Minho, foi desmembrada do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta.
Em 1512, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu a D. Henrique, bispo de Ceuta, a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta.
Na avaliação dos 140 benefícios eclesiásticos de Entre Lima e Minho, a que D. Diogo de Sousa mandou proceder entre 1514 e 1532, Grade rendia 23 réis e 2 libras de cera.
No Memorial do vigário da comarca de Valença Rui Fagundes (1545-1549), Santa Maria de Grade tinha de rendimento 40 mil réis.
O Censual de D. Frei Baltasar Limpo (1351-1581), refere Santa Maria de Grade como anexa “im perpetuumn” ao mosteiro de Ázere. Segundo Américo Costa, foi vigairaria renunciável da apresentação do tesoureiro-mór da colegiada de Santo Estêvão de Valença.
FREGUESIA DE CARRALCOVA
INFORMAÇÃO SUMÁRIA
Padroeiro: S. Tiago.
Habitantes: 131 habitantes (I.N.E.2011) e 164 eleitores em 05-06-2011.
Actividades económicas: Agricultura e pecuária.
Festas e romarias: Santíssimo, Santo António, Senhora da Aparecida e Senhora do Rosário.
Património cultural e edificado: Igreja Paroquial e Cruzeiro.
Outros locais de interesse turístico: Praias Fluviais.
Confina a norte com a freguesia de Gondoriz, a nascente com Cabana Maior, a sul com Grade e a poente com Couto e Gondoriz.
A renda, em tempos, era de cinquenta mil reis, e mais tarde passava a cento e vinte e sete mil.
Foi comarca de Valença.
Eram seus donatários os viscondes de Vila Nova de Cerveira.
Terra serrana, é banhada pelo ribeiro de Padornelo que nasce nesta freguesia. Sendo pouco fértil, consta que para plantarem as primeiras hortas, os seus habitantes trouxeram terra de longe.
Integra os lugares de Azevedo, Oucias, Pardieiros, Cortes, Lamas, Parede Nova, Vitureira, Arrochela, Fervenços e Igreja.
A igreja, datada do fim do século passado, está construída sobre uma rocha de grandes proporções. É moderna e tem três altares em talha simples. Antes da construção desta igreja o povo acorria a uma capela em Oucias, então do lugar de Grade.